sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O Perdedor

Apesar da verosimilhança a estória é 100% fictícia!

Mesmo sem saber o que poderia acontecer, Luís Felipe resolveu ir.

Mesmo com a chuva que já alagava a Siqueira Campos. Sempre alaga a Siqueira! pensou.

- Ela era uma gata, deu condição, eu vou, ué!
- Mas Luís, tá chuvendo muito espera e fala com ela outro dia, meu filho...
- Eu hein! Depois vem outro e passa a frente!

E foi. Era água que não acabava mais. A previsão tinha falado que seria uma das maiores chuvas dos últimos anos, tormenta extra-tropical, efeito estufa, essas coisas.

Mas foi confiante, era só até a PJ, seria rapidinho.

Não é preciso dizer que a travessia da esquina da Siqueira com a Toneleros foi épica! Ali ele se deu conta da burrada que tinha feito!
Ele até chegou na marquise do hotel, mas e atravessar a rua... cada carro que passava fazia uma onda de uma água meio preta, meio cinza... mas ela era demais... sabe tipo moreninha do corpão violão? Muito gata... Andressa, olha só que nome! Tantos desejos... numa performance digna dos campeões olímpicos em apenas três pulos foi da marquise até... enfiar o pé num buraco antes do outro lado da rua. Sem contar o ônibus que lhe deu AQUELE banho!

Arrasado, derrotado, todo molhado e ainda por cima mancando voltou prá casa. Não era a primeira vez.

Sua mãe preparou-lhe aquele banho quentinho e quando ele saiu do banho um chá com limão e uma aspirina! Ah, as mães!

- Tá doendo muito o pé, meu filho?
- Tá doendo à beça!
- Vai passar... Mas eu falei, né? Se tivesse ficado em casa, se me escutasse, mas vocês nunca escutam, vocês são desse jeito, só porque tem 38 anos acha que já sabe tudo...

2008-09-16 16:40:16

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